Este trabalho é uma pesquisa que versa acerca da questão da existência de Deus na obra de Tomás de Aquino. Nossa investigação chama a atenção do leitor para o contexto desta questão no século XIII, século em que viveu Tomás. O Frade Dominicano julga que a existência de Deus não é evidente para nós, e, por isso, se se quiser saber – no âmbito de um discurso filosófico – se, de fato, Deus existe, é necessária uma demonstração.
A partir do conceito de conhecimento no pensamento do Frade de Roccasecca, guiar-nos-emos para demonstrar que é possível se provar a existência de um ente metafísico pela razão, sem necessidade da fé ou da revelação divina. Queremos mostrar que, na obra do Aquinate, a questão da existência de Deus é de escopo também filosófico. Frisamos também que o nosso texto quer acentuar que, em Tomás, a prova da existência de Deus depende da experiência sensível, e, portanto, que ela é a posteriori. É da alçada do nosso trabalho ressaltar a força, a coerência e a validade lógica da prova da existência de Deus na filosofia de Tomás. Nosso estudo não quer, no entanto, entrar em discussão com outras ciências ou autores da própria filosofia sobre a mesma questão, mas apenas manifestar a resposta, e a provável solução, que o Frade de Roccasecca dá para a mesma. Não obstante, queremos apontar para o fato de o Frade Mendicante ter seguido uma linha de argumentação diversa da de outros pensadores cristãos.
Segue anexa: versão revista e corrigida pelo autor