Este artigo pretende trabalhar a teoria política agostiniana, a partir da sua teologia da história, consignada no De Civitate Dei. O principal objetivo é propor um conspecto desta obra, a fim de salientar que a religião cristã não é uma religião que sugira uma alienação do mundo em que vivemos. Desenvolveremos a nossa temática da seguinte forma. Antes de tudo, apresentaremos uma concisa biografia da vida de Agostinho, que nos fará ver como a história do nosso teólogo cruzou-se com a de Roma. Aproveitando o ensejo, elencaremos as suas principais obras, o que permitirá que localizemos em que fase da vida de Agostinho surgiu esta monumental obra, que levou dez anos para ser concluída. Depois, apresentaremos o contexto histórico, bem como a motivação que deu origem ao De Civitate Dei. Em seguida, tentaremos propor uma divisão do livro que ressalte o que, a nosso ver, é o tema principal da obra: mostrar que a esperança cristã não foi a causa da queda do império romano; esta se deu, ao contrário, pela dissolução dos costumes do povo. Por fim, passaremos às considerações finais deste trabalho.
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