A frase atribuída a Calvino é apenas o pano de fundo que usei para provocar o debate. O que proponho discutir é se realmente os separados têm razão de reivindicar para si a doutrina de Santo Agostinho. É claro que o pensamento de Agostinho não é infalível, mas será mesmo que ele foi “o grande protestante do século V”? Deixo uma passagem para reflexão:
É a religião cristã a que devemos abraçar, e manter a comunhão com a Igreja, denominada católica, por ser universal. Assim é ela denominada, não somente por seus próprios fiéis, mas também por seus adversários. Queiram ou não, os próprios hereges e cismáticos quando falam dela, não com os seus adeptos, mas com os próprios estranhos, não denominam católica “universal”, senão a Igreja católica. Não se poderiam fazer entender se não a distinguissem pelo nome que o mundo todo lhe dá. [AGOSTINHO. A Verdadeira Religião. Trad. Nair de Assis Oliveira. Rev. Honório Dalbosco. São Paulo: Paulus, 2002. 7, 12].