Deus nos disse uma Palavra breve, uma única: Cristo. Felipe exclamou: “(...) mostra-nos o Pai e isso nos basta!” (Jo 14, 8 ). Nosso Senhor não lhe disse palavra sobre, mas pediu apenas que olhasse para Ele: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14, 9). Também quando se calou ante a pergunta de Pilatos sobre o que era a verdade (Jo 18, 38), aquietou-se, porém quão estrondosa foi a resposta daquele e naquele silêncio: a Verdade não é uma coisa, mas um “Quem”, uma Pessoa. Pilatos estava diante da Verdade. A resposta para Pilatos era Jesus em pessoa: “Eu sou a Verdade (Ego sum veritas)” (Jo 14, 6). Este é o sentido da palavra de Santo Agostinho. Em Seu Ministério, Cristo nada disse acerca de, disse-Se. Sua doutrina era Ele próprio: “(...) sua doutrina – diz Ele – é ele mesmo (suam doctrinam dixit, seipsum)”. Neste sentido, numa prédica sobre o mesmo Evangelho de João, Santo Agostinho declara:
Cristo prega a Cristo (Christus Christum praedicat), porque se prega a si mesmo (quia seipsum praedicat).(...) Cristo se prega a si (Christus praedicat se). |