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Trabalhos%20Acad%C3%83%C2%AAmicos
por: - Data:14/08/2010 às Horário: 01:06
A teoria dos silogismos: o primado do “intelecto intuitivo” na analítica aristotélica
Anexos do Artigo: 

Este trabalho versa sobre a “teoria silogística” aristotélica, com especial enfoque para o silogismo científico ou demonstração, bem como para os seus fundamentos que residem na indução e precipuamente na intuição. Como preâmbulo necessário, vamos arrazoar alguns pressupostos daquele que foi considerado o “fundador da lógica”.

Antes de tudo, importa dizer que Aristóteles não usou o termo “lógica” em seus escritos. Este parece ter sido usado pela primeira vez por Cícero (106- 43 a.C), sendo consolidado por Alexandre de Afrodísia (198- 209 d. C), embora, ao que tudo indica, tenha origem estóica. Aristóteles denominava “analítica” o que hoje designamos por “lógica”. O termo vem do grego análysis e significa “resolução”. Foi por isso, inclusive, que Aristóteles intitulou dois de seus escritos “lógicos” de Analíticos.

A analítica não está compreendida nos quadro das ciências aristotélicas. Com efeito, ela não visa à produção de algo como as ciências poiéticas, nem à ação moral como as ciências práticas, tampouco pertence às ciências teoréticas. Ao mesmo tempo, a analítica está presente em todas as ciências, uma vez que a ela cabe traçar o “método” adequado para qualquer discurso que pretenda obedecer a um rigor científico, isto é, probatório.

Com isto entendemos também o sentido do termo organon, introduzido por Alexandre de Afrodísia para designar a lógica em seu conjunto e, posteriormente, também o conjunto dos escritos lógicos de Aristóteles. Na verdade, organon significa “instrumento”. Ora, o termo “instrumento” define bem a função da analítica, pois, em Aristóteles, ela é instrumento de todo discurso que aspire a ter um caráter demonstrativo. Decerto que as “obras lógicas” do Estagirita não foram compostas conforme estão dispostas no Organon. Todavia, para bem compreendê-las, mister é lê-las segundo a ordem em que foram arroladas no Organon.

Passemos a breves considerações acerca da ordem dos escritos analíticos, segundo se encontram coligidos no Organon. Isto nos ajudará a melhor circunscrever o nosso tema. Toda lógica aristotélica gira em torno da teoria dos silogismos. Agora bem, os silogismos são compostos de juízos ou proposições e estes, por sua vez, de termos e conceitos. Por isso, os dois primeiros livros do Organon são: a) Categorias, no qual Aristóteles trata dos termos e definições, b) Sobre a Interpretação, no qual ele versa sobre os juízos ou proposições.

Os dois livros discriminados são seguidos pelos Primeiros Analíticos, que tratam dos silogismos em geral, isto é, considerando-os apenas do ponto de vista da sua correção formal, e pelos Segundos Analíticos, que rezam acerca dos silogismos que, além de formalmente corretos, são verdadeiros. Destarte, são nos Segundos Analíticos que Aristóteles trata do chamado silogismo científico, que consiste na verdadeira demonstração.

Ora bem, como um silogismo, cuja conclusão seja verdadeira, precisa necessariamente proceder de premissas verdadeiras, nos Segundos Analíticos é abordada também a questão de como podemos obter estas mesmas premissas verdadeiras. Finalmente, estão compiladas no Organon duas outras obras, quais sejam: os Tópicos, que trata do silogismo dialético, ou seja, daquele silogismo formado por premissas fundadas na opinião, isto é, em afirmações aceitas por todos ou quase todos e cuja veracidade é somente provável, e as Refutações Sofisticas – que, originalmente, deveria ser o nono livro dos Tópicos – que trata daqueles silogismos que só parecem concluir, mas que, na verdade, não concluem senão em virtude de algum erro de raciocínio. Assim encontram-se elencados os livros que compõem o Organon.

Passaremos a coligir, sucintamente, os movimentos do presente texto. Antes de qualquer coisa, tentaremos delimitar qual o lugar do termo e da definição na proposição, segundo as Categorias. Depois faremos a inquirição a fim de saber o que é um juízo ou uma proposição, segundo o Sobre a Interpretação. Em seguida, trataremos do silogismo enquanto tal, ou seja, tomado apenas em sua formalidade.

Após isso, versaremos acerca do silogismo científico: qual a sua constituição, como obtemos as suas premissas e quais os princípios de demonstração a que deve obedecer. Neste momento, tentaremos salientar o fato de a base da ciência aristotélica estar consignada no silogismo científico ou demonstração, que nos remete, em última análise, à intuição dos primeiros princípios, como ao seu fundamento último. Finalizaremos, enfim, tentando determinar qual seja o lugar que ocupa, na lógica Aristotélica, os silogismos dialéticos e erísticos, segundo no-los apresenta, respectivamente, os Tópicos e as Refutações Sofísticas.

Para discorrermos sobre estes itens, além das fontes perfiladas acima, lançaremos mãos de uma bibliografia clássica, a saber, Storia della filosofia antica, in cinque volumi, do historiador e estudioso da filosofia italiano, Giovanni Reale. Disporemos da edição brasileira – História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles – lançada pelas Edições Loyola e trazida para o vernáculo por Marcelo Perine e Henrique Cláudio de Lima Vaz. A edição da qual faremos uso remonta ao ano de 1994.

Feito este breve proêmio, passemos ao desenvolvimento do que concerne ao nosso tema.

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   Documentos da notícia:
 analitica_aristotelica.pdf
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