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Humanidades
por: - Data:17/02/2008 às Horário: 15:49
Deus na filosofia contemporânea: Deus e a ciência
Anexos do Artigo: 

Os principais personagens do pensamento contemporâneo e os que mais nos interessam aqui são Kant e Comte. Com eles, se bem que por caminhos diversos, o conceito de conhecimento restringiu-se tanto que acabou por coincidir com o de conhecimento científico. A bem da verdade, com Kant e Comte, o próprio conhecimento científico reduziu-se a tal ponto que passou a identificar-se com o que é empiricamente dado ou observável. E há mais. Este tipo de conhecimento científico tornou-se a única forma de conhecimento válido. Sendo assim, conhecimento científico passou a ser sinônimo da física e matemática newtonianas que eram os paradigmas vigentes nas ciências dos fenômenos no tempo destes filósofos. Ora, a principal consequência desta drástica delimitação do verbo “conhecer”, tão influenciada pela Física de Newton, foi a exclusão de Deus como objeto de conhecimento. De fato, Deus não pode ser encontrado no que é empiricamente dado; tampouco pode ser demonstrado por fórmulas matemáticas. Logo, toda a teologia natural passou a ser considerada como uma especulação inútil:

 

Como Deus não é um objecto de conhecimento empírico, não temos qualquer conceito dele. Em conseqüência, Deus não é objecto de conhecimento e aquilo a que chamamos teologia natural não passa de conversa fútil.

 

Agora bem, para desenvolvermos a temática que queremos propor, teremos que proceder por etapas. Não escaparemos, advertimos desde já, a certas repetições inevitáveis, causadas, o mais das vezes, pela abrangência do próprio assunto. Outrossim,  para pontuarmos bem o lugar da nossa fala, teremos que volver os olhos para dois movimentos da história da filosofia. Em primeiro lugar, esforçar-nos-emos por mostrar como os principais pensadores cristãos valeram-se dos grandes expoentes da filosofia grega – Platão e Aristóteles – para elaborarem uma metafísica cristã. Depois, passaremos a explanar como esta práxis se repetiu, mutatis mutandis, na modernidade, visto que também os modernos lançaram mão de conceitos cunhados na escolástica para construírem o seu próprio pensamento. Notaremos, contudo, que, diferentemente do uso que os cristãos fizeram dos antigos, a utilização que os modernos fizeram dos pensadores cristãos, como a própria história atesta e por razões que acenaremos de relance, fracassou.

 Em seguida, esmeraremos por estabelecer quais foram as consequências deste fracasso, isto é, como ele repercutiu na história da filosofia. Nesta linha, verificaremos, antes de tudo, como as leis do pensamento que, na escolástica, eram as leis do ser, tornaram-se, máxime em Kant, tão somente leis da mente e como este pensador restringiu o nosso conhecimento ao que é empiricamente dado. De modo que, a partir de Kant, nosso conhecimento não só começa pelos sentidos – como defendiam os melhores escolásticos – mas termina na “ilha da experiência”, no sentido de que não podemos aplicar as categorias do nosso entendimento, senão a intuições empíricas correspondentes. Prosseguindo, tentaremos dar ênfase ao fato de que, para Comte, ao menos teoricamente, os primeiros princípios do nosso entendimento, que Kant já havia negado serem princípios do ser, são praticamente todos relegados ao mais ínfimo grau de consideração, já que na ciência positivista todo conhecimento fica atrelado aos fenômenos e às imagens sensíveis.

Dando continuidade, buscaremos mostrar como a ideia de Deus, tão negada pela contemporaneidade pelos motivos aduzidos acima, continuou a ser um fato patente à consciência humana. A partir disso, procuraremos perceber que, para além da ciência, quem quer que pretenda ser honesto ante os questionamentos da própria razão, terá que admitir outro nível de conhecimento distinto do da ciência experimental. Designaremos este conhecimento como metafísica existencial; destacaremos o fato de ele, o mais das vezes, ser, adrede, olvidado pelos cientistas que insistem em negá-lo fazendo-lhe as vezes e, desta sorte, tornando a ciência antes fonte de ignorância do que de conhecimento. Mostraremos que o próprio homem – parte da natureza – atesta o fato assaz manifesto de que não nos podemos ater à ciência de cunho positivista, se quisermos permanecer fiéis aos “porquês” da nossa razão. Portanto, insistiremos em que, quando a ciência se torna uma barreira para o questionamento metafísico, volta-se contra si mesma, pois se põe contra fatos que não podem ser negados de modo razoável, posto que são evidentes. A partir deste momento, começaremos a defender um retorno à metafísica e procuraremos salientar o seu verdadeiro valor, a saber, o de um conhecimento necessário e universal que, ao mesmo tempo que não pode ser negado pela ciência, também não é contrário a ela, uma vez que – digam o que disserem os cientificistas – é o seu próprio fundamento. Não deixaremos de acentuar que a própria metafísica conhece os seus limites e pontuaremos que o fim da metafísica é o começo da verdadeira religião. Passaremos, então, às considerações finais do texto, onde ponderaremos o que nele quisemos frisar com mais tenacidade. Seguir-se-á, então, uma série de anexos, que não são somente adendos, mas apêndices que visam a justificar certas assertivas e fundamentar muitas das coisas que asseveramos no próprio corpo do texto.

A obra básica que traçará o escopo do nosso ensaio é a de Étienne Gilson, mormente no seu quarto capítulo: God and Philosophy, Deus e a Filosofia, com tradução para o português lusitano de Aida Macedo, lançado pelas Edições 70. Realçamos que, inobstante este texto tenha proposto a ordem da nossa indagação, servir-nos-emos dele com certa liberdade, inclusive para acrescentar algo às suas observações e para, amparados em outros autores, afastarmo-nos dele em certos aspectos. Todas estas perspectivas tornar-se-ão claras no decorrer do nosso modesto trabalho.

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   Documentos da notícia:
 Deus_Filosofia_Contemporanea.pdf
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