Um dos rituais judaicos para expiação dos pecados consistia no fato de toda comunidade colocar as mãos sobre um bode e confessar, com as mãos impostas sobre o animal, os seus pecados. Eles acreditavam que fazendo isto os seus pecados eram transferidos para aquele bode, que depois era solto no meio do deserto para morrer. Pois bem, em nossos dias, o bode expiatório é a Igreja Católica. Sobre ela os sequazes do marxismo colocam as suas mãos, transferindo para ela – e para o suposto sistema que ela supostamente representa – todos os pecados do mundo, inclusive os deles. Ora, uma vez devidamente purgados dos seus pecados – após “duríssima penitência” –, os seguidores desta ideologia, transbordando “carisma” e “unção”, saem anunciando a nós, vulgo ignaro, como as coisas devem ser. E desempenham este papel de forma despótica. Isto não é um argumento, é simplesmente um fato sórdido, público e notório. Outra tática socialista é a seguinte. Se eu tenho um defeito e percebo que o outro está vendo que eu tenho este defeito, antes que ele me acuse, eu o acuso deste defeito. Por exemplo, se eu coloquei no índex, como autores anátemas, certos conservadores, antes que os conservadores me acusem disso, eu direi que eles amaldiçoaram os autores da minha cartilha. Resultado, estes últimos deverão ser diuturnamente incensados. E para que sejamos sufragados por tê-los excluído um dia, a reparação deverá completar-se com a exclusão permanente dos já excluídos blasfemos conservadores. Só então o desagravo estará completo. É necessário observar que não se trata apenas de pessoas inescrupulosas; o marxismo é uma morbidade, a pessoa tem certeza absoluta de que é a vítima imolada que satisfaz a justiça praticando estas abominações. |